quarta-feira, 30 de março de 2011

O Dia que Abri os Olhos por Alguns Segundos em Meio ao Caos das Meias Vontades...

Preciso realmente dizer tudo que eu vi lá fora? Neste exato momento?
Não, não me entendam mal, mas era isso mesmo que foi perguntado quando disse que havia vida lá fora!

E ninguém acreditou quando disse SIM, a vida lá fora existe e é abundante, acreditem em mim! ou não...

É facil desdenhar da vida quando não se olha mais nos olhos e nos isolamos do mundo criando o proprio universo tranquilo e seguro. Todos nós queremos segurança! É a nossa maior certeza, a unica certeza, mas eu não vim aqui pra isso. NÃO!

Não confiem muito nessa tranquilidade... Andando nas ruas eu perecebi. Abri os olhos e exerguei por alguns instantes, atortoado, milhares de universos paralelos e conflitantes em um só. Universos de egos, que mais parecem com bolhas, ou aquarios, nas ruas como se a cidade fosse mesmo um oceano.
E eu me fazendo de musgo, arrastei os meus olhos em direção aos predadores em potenciais e despreparo. Reparo que a vida existe sim.

E é tragico...

Não se brinda mais a vida com a alegria de se ser... Fechamos os olhos no cotidiano e olhamos apenas pra nos mesmos. É tragico...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conto da Noite

Ela chamava de TPM, aqueles dias em que se sentia mais sensível e frágil...
Ela sempre era forte e não se abatia nem mesmo quando seus sentimentos eram provocados, pelo menos era isso o que os outros notavam.

Naquele dia, ela havia acordado em meio aos seus lençóis verdes e a pergunta lhe viera a cabeça. Sua resposta hoje era outra: "Não sei!"
Ela havia dormido com essa frase em mente, como em cenas de filme de suspense. E a pergunta de todosos dias lhe soara diferente...
Não sei... Não sei...hahahaha...Não sei...ghrrrh... Não sei... aaaaaaaaaaa...
Abria os olhos e tudo continuava como antes...
Ela tinha certeza de que tudo isso também passaria. Mas até quando!?

O fato é que algumas pessoas se eternizavam como estrelas no céu, outras tinham suas fotos publicadas com lindas declarações, ainda haviam aquelas que obtinham grandes loucuras em uma cidade qualquer e ela ganhava um "Não sei" a tempos.

Ela era única e sabia que tudo aquilo também era. Então se ridicularizava pelas comparações que ela mesma fazia.
Porém sabia que dava tudo de si e estava completamente entregue. Lhe confiou sua liberdade e seus anseios.
Sabia também que lhe haviam entregue algumas coisas nunca divididas antes.
Mas as palavras os destruiam.

Ela tremia, enquanto seu corpo suava. E a noite não passava.
Parecia um delírio febril.

Assim ela pensava em seu poeta, de quem muitas vezes se espera muito, pelo poder de surpreender em seu romantismo.

Agora ela abre novamente os olhos, e vê o céu ensolarado, os pássaros cantando, seu cachorro lambendo o seu rosto...e percebe que tudo era apenas um conto da noite... Será!? Não sei...