sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Silêncio

Posso chorar desde que não me cale.
Posso sorrir desde que meus olhos brilhem.
Posso me emocionar desde que meu coração esteja junto.
A violência causa silêncio...
O que está pensando?
É apenas mais um.
O que está pensando?
Eles estão chorando.
O que está pensando?
Estão lutando.
A quem estamos enganando?
Posso te entender desde que finja estar comigo.
Posso te iluminar desde que esteja verdadeiro.
Posso te surpreender desde que se decepcione.
O que está pensando?
Não se poderia vê-los viver.
Posso te fazer pensar desde que seja livre.
Posso te enlouquecer desde que se torne realidade.
O que está pensando?
O que está pensando?
A quem estamos enganando?
O que está pensando?
A quem estamos enganando?
Posso te orgulhar desde que olhe ao redor.
Posso te matar desde que não saiba reagir.
Posso te respeitar desde que não tire minha garra.
A que estamos enganando?
O que está pensando?


MSD

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Porque ninguem vive apenas pra si e ninguem morre pra si..."

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Corações avulsos

Eram dois da mais pura beleza e pureza que só a nobreza dos olhos claros podiam oferecer. Eram claros, límpidos. Mas não eram transparentes, porque afinal de contas, ninguem é mesmo.

Era apenas mais um casal bonito,
sei disto por que os vi num dia de chuva,
um casal bonito...
Só sei disto porque os vi num dia de chuva e frio e apenas isso

E me fui...

Penny...

Com o entusiasmo em suas mãos ela sorri, e assim que abre suas mãos, o sol volta ao seu lugar no céu para clarear o dia e refletir no lago a felicidade das relações internacionais que dominam o mundo das fantasias de todos nós. Assim como uma canção longinqua de um tempo não tão distante mas ainda se faz presente graças a nostalgia de todo dia que nós, meros mortais, saudamos o sol com alegria nos olhos e a completa felicidade humana.

Penny lane or penny lake...

She`s anyway, somewere, somebody tell me please.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A ultima viagem

Era pela distancia que diminua a cada dia que eu pedalava mais um pouco. Quando eu vi, estava num lugar tão longe, que eu demoraria o mesmo tempo que o sol demoraria para atressar o céu de ponta a ponta. Eu chegaria a noite em casa e a minha bicicleta seria confiscada pelos pais que não entenderiam muito bem o fato de o filho mais novo estar se aventurando cada vez mais longe em bairros vizinhos.

Depois desse dia eu perderia a minha bicicleta pra sempre...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cloreta Só

Vomitaram em seu corpo, durante o sono, todo aquele vinho torpe e azedo do qual eu também bebera. E eu ainda a escutaria gritando e chorando na sala de vidro, tentando, provavelmente se livrar daquele vinagre no corpo. Eu não imaginaria que ela, justamente ela, teria apagado da memória o gosto daquele tinto vinho.

O vinho, que agora não passava de vinagre azedo batido pelos estômagos de todos os que acusavam-na em seu aniversário, sofria e esvaiando-se-ia junto com o lodo de palavras amanhecidas, enquanto descia pela pia.

E assim o vinagre, que era vinho tinto, se transformou em água salgada!

Vontade...

Tenho vontades de um monstro!
Um monstro que devora vontades assim como as vontades que nos devoram...

Eu lembro quando a minha poesia era marcada e regrada de acordo com a estética predominante, não fazendo questão do conteudo como forma da expressão. As formas usadas eram rimas e linhas contabilizadas em ordem e não palavras pesadas de solidão...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Uma Ação Conveniente...

Sempre que vou àquele posto, saio de lá abastecido de pequenas historias ou de verdadeiras figuras, que poderiam ser, praticamente, personagens de ficções ou romances. Enfim, pois não foi o posto desta vez, foi a loja de conveniencia do posto que aquela mãe entrou com o filho e algumas sacolas, enquanto eu folheava algumas revistas na seção especifica.
A mãe, segurando-o pelos dois braços, ordenou, com muita agressividade, que o menino ficasse esperando ela ali na porta enquanto ia fazer alguma coisa (que eu não ouvi pois, bem enssa hora, vi uma mulher conhecida de lingerie na revista). Mas me chamou a atenção a agressividade e o jeito hostil da mãe falar com o menino. Mais um pouco e ela arranca o seu braço!
Olhamos pro menino (o Claudio sempre está comigo na conveniencia), e ele, num misto de espanto e meio sem jeito, sorriu pra nós e disse: "É normal! Já estou acostumado com isso!".
Mas não devia estar! Eu disse de prontidão ao garoto que parecia achar aquele ato comum aos olhos dele.
A mãe, nessa hora, estava conversando com o frentista do posto lá fora e não viu a nossa abordagem ao menino, e nem viu a nossa indignação diante de uma situação dessas.
Pagamos nosso café, (o Claudio pagou né, ele sempre faz isso por mim, ainda bem, rsrsrs) e o Claudio pegou um chocolate no caixa e jogou para o menino.
O menino agarrou o chocolate com um sorriso e olhou. Olhou pra mãe lá fora, pelo vidro, olhou pro Claudio, pra mim. Fez cara de dúvida pro chocolate e por fim nos olhou com um sorriso nos agradecendo.
_ Agora esconde senão dá problema pra você - disse Claudio.
A moça do caixa riu, e o menino, confuso, ficou estatico com o chocolate na mão. E não fique acostumado! disse, ainda, antes de sair da conveniencia logo em seguida com a revista na mão. Depois ainda olhei pra tras e o menino estava de cabeça baixa ouvindo os gritos da mãe que falava muito.

Mas as suas mãos estavam no bolso...

sábado, 6 de agosto de 2011

Desespero

Vê-la caída, também me fez cair...
Seus olhos não eram de revolta, nem cansaço nem de raiva. Alias, a sua raiva era de decepção. Após chegar no limite da decepção veio a raiva e a explodiu, e depois, caiu.

Sua mágoa encheram meus olhos de pranto e compaixão...

Gostaria de ser mais forte e confortá-la em meus braços como ela sempre fez comigo sempre que precisei, mas não, fiquei olhando-a apenas, como um filho perdido que não sabe o que fazer por nunca ter visto sua mãe chorar.

Fiquei olhando apenas...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não sei se deveria me importar.

Eu não entendo as peças da vida. Eu não entendo. Não sei se não presto atenção ou se pouco me importo. Talvez deveria me importar mais...
E o tempo? O tempo me deixaria me importar? Me daria espaço pra talvez expor?
Acho que nao presto atenção em tudo. E nem sei porquê.
A gente se prende a tantas coisas, a gente dá importancia à coisa pouca. Não sei ao certo o que deveriamos.
Deveriamos correr por ai sem se importar? E fazer viver. Fazer transbordar a desimportancia?
Devemos mesmo nos importar?

No escuro às claras...

A madrugada custou a passar. As noites são mais claras e os olhos, que parecem pesados de dia, não fecha. As poucas horas de sono são sem sonho!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

De cima

Pois quem não ver, não vai...

Na rua, um casal passa atravessando e olhando para a direita.
Na praça, ha um casal de pombinhos namorando e, sentado num banco, um velho senhor joga algumas migalhas para um bando de pombos, que não parecem estar muito afim de namoro.
Na banca de jornais eu não vejo nada porque da janela eu fico vendo apenas o banco onde uma criança toma sorvete.

E assim a tarde ia, enquanto aguardo para voltar logo menos!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ventos que Passam e que vão Ficar...

A sensação de andar no desconhecido, apesar de incomoda, nos encoraja a andar sempre mais e descobrir novos ventos a nossa frente, como se a liberdade pudesse ser alcançada nos próximos passos.
Aprender a dominar o corpo e domar com responsabilidade as suas atitudes, são alguns, dos desafios mais importantes ao longo de uma vida (pelo menos para a minha de agora em diante).
Agradeço SEMPRE!
Agradeço sempre que me tiram o chão e a minha segurança (e se ninguém o fizer, eu mesmo tenho que fazer). Aprendi que a zona de conforto é um ambiente perigoso habitado pelas sensações de estabilidade. Os grandes poetas e pensadores do mundo já viveram, e muito bem (dependendo de como se vê isso), sem a falsa e ilusória segurança - segurança esta, que, nos ilude e inunda a gente de comodismo- e agora chegou (ou chegará) a vez de nós, pessoas comuns, a buscar em si as nossas verdadeiras identidades e mudar, sempre que for preciso, para resgatar nós mesmos de uma vida acomodada!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Neblina

Quando se vem de uma cidade, onde tudo é imatuvel, até o caos é sempre o mesmo, disse o menino olhando-a nos olhos. Ou pelo menos imaginando, já que nem ele mesmo existia.
A bailarina entendeu e disse que só o havia alertado sobre voar...

Mas você escolhe o mundo que deseja viver, talvez por isso você seja tão imutavel nas coisas desta cidade. E pensou que as coisas sempre mudam e continuam as mesmas.

E desaparendo em meio à neblina ainda disse,
O caminho aparece conforme você segue, e muda, conforme você muda...

O menino mudou seus passos e caminhou até cansar-lhe as pernas, talvez na esperança de mudar o seu destino. Ou a si mesmo!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mundo de Reis

Em casco me escondo das angustias e tristezas.
Queria eu que todos pudessem ver a alegria da simplicidade.
Ter os sabores do mundo melhor.
Onde se prenderam os valores?
Serei eu de uma complexidade sentimental incalculavel!?
Ou de uma estranheza profunda!?
Onde se pode chegar? Como se pode fazer enxergar?
São tantos questinamentos isolados na lastimavel ganancia...
Os sentimentos e a bondade se esquecem em um mundo de reis...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A inspiração vem de onde?

Quantas folhas... Quantos papeis com meus rascunhos foram jogados ao lixo por puro desencanto!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Minha busca...

Tento entender tudo isso, eu juro que tento entender mas não consigo...

Busca por memorias, conceitos e paz. Eu juro, era tudo o que eu queria!!!

Estou numa busca pessoal para tentar entender o motivo das relações humanas estarem caídas, desfalecidas e falidas... E olha que não precisa de provas, apenas observo e vejo o movimento lá embaixo, enquanto as pessoas passam. Enquanto isso, vejo no que se transformam tudo que era bom, tudo que era bonito, numa simples bola de neve de inutilidade, futilidade e ignorancia.

Rezo por dias melhores e por vidas melhores...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

...

Tenho que me agarrar a coisas passadas para vivenciar o presente...

Cena (Expressão)

Você entende¿
Nos meus sonhos nos ainda gritamos por vida...

Eram três e mais uma garota. Andavam de bicicleta no subúrbio ao som de uma música.
A rebeldia aparente era canalizada nas paixões alegres, e não nas tragédias da vida que todo mundo vive, eram simples.
Jovens simples aprendendo lições antigas e coisas do passado como andar de bicicleta e interagir com o ambiente que EXISTIA ao redor...

Sim eu sei que é estranho, mas era assim mesmo que eles enxergavam as coisas na rua...

Coisas concretas que exalavam cheiros e aguçavam o tato e todos os outros sentidos que vão além da visão! Era assim, aquela garota trazia consigo um violão e parava nas calçadas cantando músicas que incentivavam o fazer e o mudar das coisas – mas só se tiver mesmo vontade, e não porque você viu. Ganharam até algumas moedas... Os jovens riam alto, e isso assustava as pessoas que sempre ignoravam a presença do outro. E incomodava, não pelo fato de ser algo novo, mas por ser invasivo.

Aquilo perfurava a bolha individual que recobre nosso espaço-corpo, que só existe para a possibilidade de uma vida segura.

Eles enxergavam o que viam – e além do mais!

Eu que os observava de longe, gritando.
ELES OLHARAM NOS MEUS OLHOS!!!

Acordei e era apenas um sonho, um pesadelo...

Você entende¿!

Dia Cinza...

Hoje choveu e fez frio o dia todo...

É engraçado saber que nesses dias eu me remeto à um passado proximo, que eu ainda nem sei se passou, e lembrar de tanta coisa. Mesmo sabendo que hoje, com a chuva e o frio, não aconteceu nada demais!

Enquanto a vida passa eu fico pensando, pensando...


Mas o que será que aconteceu hein?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Paraíso é uma Fuga... (É Bem Bacana)

O paraíso é um fruto proibido...

"Foi só um sorriso, e foi por amor..."

Enquanto alice caia em seu mundo fantastico, uma outra alice (mas com outro nome), caia nas teias de um mundo fantastico onde a vida era um oceano!
E foi na imensidão... Ela tentou parar um trem com o sorriso e o peito aberto de amor e coisas concretas...

As disparidades do mundo real e do fantastico habitado por criaturas esquisitas, atrapalhadas e inocentes era real.

Era uma fuga. Dessas quando passa um coelho do nosso lado e a gente vai atras curiosa.

Então a gente acorda de um sonho e o mundo está parado com seus avisos sonoros de que não vamos bem, e o sonho, acostumado com uma realidade tambem fantastica, abre os olhos e olha aquele mundo infeliz e a chama de volta...

O Amor é uma fuga - disse o sonho desaparecendo de alice e de si mesmo!

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Dia que Abri os Olhos por Alguns Segundos em Meio ao Caos das Meias Vontades...

Preciso realmente dizer tudo que eu vi lá fora? Neste exato momento?
Não, não me entendam mal, mas era isso mesmo que foi perguntado quando disse que havia vida lá fora!

E ninguém acreditou quando disse SIM, a vida lá fora existe e é abundante, acreditem em mim! ou não...

É facil desdenhar da vida quando não se olha mais nos olhos e nos isolamos do mundo criando o proprio universo tranquilo e seguro. Todos nós queremos segurança! É a nossa maior certeza, a unica certeza, mas eu não vim aqui pra isso. NÃO!

Não confiem muito nessa tranquilidade... Andando nas ruas eu perecebi. Abri os olhos e exerguei por alguns instantes, atortoado, milhares de universos paralelos e conflitantes em um só. Universos de egos, que mais parecem com bolhas, ou aquarios, nas ruas como se a cidade fosse mesmo um oceano.
E eu me fazendo de musgo, arrastei os meus olhos em direção aos predadores em potenciais e despreparo. Reparo que a vida existe sim.

E é tragico...

Não se brinda mais a vida com a alegria de se ser... Fechamos os olhos no cotidiano e olhamos apenas pra nos mesmos. É tragico...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conto da Noite

Ela chamava de TPM, aqueles dias em que se sentia mais sensível e frágil...
Ela sempre era forte e não se abatia nem mesmo quando seus sentimentos eram provocados, pelo menos era isso o que os outros notavam.

Naquele dia, ela havia acordado em meio aos seus lençóis verdes e a pergunta lhe viera a cabeça. Sua resposta hoje era outra: "Não sei!"
Ela havia dormido com essa frase em mente, como em cenas de filme de suspense. E a pergunta de todosos dias lhe soara diferente...
Não sei... Não sei...hahahaha...Não sei...ghrrrh... Não sei... aaaaaaaaaaa...
Abria os olhos e tudo continuava como antes...
Ela tinha certeza de que tudo isso também passaria. Mas até quando!?

O fato é que algumas pessoas se eternizavam como estrelas no céu, outras tinham suas fotos publicadas com lindas declarações, ainda haviam aquelas que obtinham grandes loucuras em uma cidade qualquer e ela ganhava um "Não sei" a tempos.

Ela era única e sabia que tudo aquilo também era. Então se ridicularizava pelas comparações que ela mesma fazia.
Porém sabia que dava tudo de si e estava completamente entregue. Lhe confiou sua liberdade e seus anseios.
Sabia também que lhe haviam entregue algumas coisas nunca divididas antes.
Mas as palavras os destruiam.

Ela tremia, enquanto seu corpo suava. E a noite não passava.
Parecia um delírio febril.

Assim ela pensava em seu poeta, de quem muitas vezes se espera muito, pelo poder de surpreender em seu romantismo.

Agora ela abre novamente os olhos, e vê o céu ensolarado, os pássaros cantando, seu cachorro lambendo o seu rosto...e percebe que tudo era apenas um conto da noite... Será!? Não sei...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ceu, Vinho, Mar e Velas!

Eu fui buscá-lo de carro e já tinha alguns planos.
Eu escolhi o vinho, queria um demi sec, mas era seco. O vinho seco combina com situações diferentes do trivial das pessoas comuns e climatiza as ocasiões.
Ele disse que o vinho não era tão bom quanto o outro que ele já tomou. Acredito que seu paladar era adocicado.
Coloquei apenas um pouco na minha taça, senti seu aroma... Ele, com a taça cheia, começou a movimentar as suas mãos, fazendo o barulho clássico do cristal.

Pensei em completar o momento em águas azuis, percebendo apenas o reflexo do anoitecer.
Mas a noite era fria e se tornava cada vez mais intensa. As estrelas não saiam. E eu tinha um lugar vazio na imensa cidade vazia de luzes e confusões.

Ameaçava chover e um banho era convidativo.
Podemos levar o vinho, eu disse.
Neste instante as luzes da cidade se apagaram, enquanto o vinho acalentava meu corpo, a água o esfriava, em meio as luzes das velas, que ele havia acabado de encontrar com a iluminação fraca dos celulares.

Eu o observava a todo instante e meus olhos lhe diziam com uma frequencia fora do comum "Eu te amo"!
Nossos corpos nus, em plena condição humana de exalar verdade juntos.
A chuva dava a musicalidade perfeita...

Podemos pegar uma champagne para acompanhar, não é mesmo?
Claro, ele disse.

Desapercebidos, as luzes se reacenderam, mas continuavamos nos olhando e amando...seguindo nossos outros sentidos, além da visão...

O acaso me surpreendeu e me presenteou...
Foi uma linda e insuperável noite!
Mas parando com os detalhes, gostaria de dizer que quero viver o que ainda não vivemos, superar o insuperável, dividir o indivisível e aMar o Ceu, cada vez mais perto do Mar, além do CeuMar.

Ah se ele pudesse me ouvir...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Narrativa Épica e Vinho à luz de Velas

Eu disse à ela que o vinho não era tão bom assim quanto o outro que tinha tomado. Eu ficava mexendo a taça com as mãos e cheirando como se entendesse alguma coisa de vinho. As coisas estavam diferentes do trivial das pessoas comuns, não fui buscá-la de carro e nem escolhi o vinho, ao contrario. Foi ela.
Foi ela também que tinha um lugar vazio na imensa cidade vazia de luzes e confusões em plena noite que era fria e ameaçava chover.

Entramos e eu queria um banho urgente. Pra mim é essencial o banho, os corpos nus, em plena condição humana de exalar verdade juntos. Lavando e eliminando as impurezas do dia, da cidade, que é, e sempre será, sujo e mal lavado!


Podemos levar o vinho e pegar uma champanhe pra acompanhar não é mesmo?
Claro, eu disse.
As estrelas não sairam naquela noite e a chuva convidava-nos para entrar e nos enquentarmos uns com os outros. Quem sabe assim... Ai acabou a energia da casa e não restava outra alternativa a não ser entra mesmo!
Precisamos de velas, ela disse, e com as luzes de celulares vagabundos, como o meu, saimos a procura e no escuros.

Confesso que o acaso me presenteou com a melhor noite da minha vida...

Eu paro aqui com os detalhes, mas se ela pudesse me ouvir agora, quero que saiba uma coisa:
Quero dividir o indivisivel e quero aMar o Ceu...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Tal da Felicidade

Atendente de uma lanchonete do centro: É preciso servir bem as pessoas, assim elas se sentem bem, e eu também!

Tropeiro vendedor de queijo: Ah não, não abandono essa vida não sô! (perguntaram se ele não queria desistir de uma profissão que não ganha quase nada e porque) Eu fico pela aventura, é muito divertido!

Jogador de futebol (famoso e, ao contrario de todos os outros, inteligente e culto) : Eu entro no campo como se estivesse nas peladas com meus amigos na época em que comecei. Pra jogar futebol é preciso gostar do que você faz e se divertir com isso. Alias, pra todas as outras coisas, também!


Que força é essa que a procuramos mais do que o amor? Alias, todos os que procuram o amor, querem ser felizes nao é? Pois é, contraditório as vezes, ou não...

O que eu quero dizer, é que a felicidade, ao contrário do amor, não tem um ideal, ou mesmo, um sexo oposto (nem sempre tão oposto assim), ela tem possibilidades de enxergar a propria essencia do feliz nas coisas simples. Parece estranho! Mas não é...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Teoria do Caos (produto)

A cena se extendia com uma caminhada rumo ao passado das nostalgias da infancia. Recordar nem sempre é viver, dizia ela, isso foi ha muito tempo, é por isso que veio aqui? Cala a boca, não está tudo bem, veio aqui apenas pra reviver meus problemas e você quer que eu te fale como está tudo lindo...? Vá pro inferno!!!

Ela está morta agora...

De nada adiantou ele ir lá e dizer o quanto ela era maravilhosa. Se eu sou tão maravilhosa, ela gritou na noite em que ia se matar, por que não veio me buscar?

Em outra cena ela aparece com ele e parecem muito felizes juntos. Isso se deu ao fato de estarem juntos desde a adolescencia, mudando o passado e uma vida de abusos sexuais interrompidos. A vida é bela e linda, dizia ela!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Falando em memórias

Boas memórias a cada dia. Se não escrevesse todas elas, ou as mais importantes, a minha cabeça seria apenas passado e lembranças. A vida é feita desses momentos incriveis e magicos, porem, devemos estar sempre de prontidão à novas coisas. Sempre!

Quando se trabalha fazendo o que gosta é como se não trabalhasse. Fazer o que gosta não é trabalho, é descanso; distração...
Enquanto eu, que distraio a vida em busca de boas memórias, vivo, outras pessoas reclamam de tudo e de todos mas não são capazes de seguir ao que realmente importa lá dentro. Aquilo que pulsa e grita dentro de voce em seus desejos mais intimos. É claro que é bem mais complicado que isso pois há a questão financeira que nos atrapalha tanto. Posso dizer que me sinto privilgiado por conseguir me manter com tão pouco em meu "trabalho".

Gostaria de pedir a vocês que deixassem um pouco de lado o desejo material e ir em busca do que realmente importa, se possivel...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobre Estar Disponível

Uma coisa me chamou muito a atenção nesses ultimos tempos, disposição!

Estar disponível pras coisas é se permitir, deixar de lado a má vontade, ou o pré-conceito de uma nova aventura.

Um sonho, um riso, um amor.
Tudo isso e muito mais!


Estejamos disponíveis para um bom almoço de domingo com a família dela(e).
Esteja disponivel para entrar no ultimo minuto da partida com o seu time perdendo e ainda aproveitar um campeonato inteiro. Esteja disponivel sempre... Como no dia em que a sua mãe viajou e você precisou urgente aprender a cozinhar se não quisesse comer miojo o resto da semana. Ou no dia em que foi obrigado a fazer algo repetitivo e acobou por descobrir muitas coisas diferentes em algo tão chato, afinal, a sua mente trabalha muito quando fazemos esse tipo de trabalho.
No dia que você perdeu aquela aposta para os amigos e teve que correr pelado na chuva valeu ou não valeu a pena se dispor a isso?

E o que dizer de expor ao ridiculo? De tentar se enturmar num ambiente que não é o seu, de vestir roupas diferentes das suas?... Que tal comer e experimentar as coisas que você, não sei por que, disse pra todo mundo que não gosta? Ouvir o que as pessoas pensam pelo menos uma vez na vida? Não sei, qualquer coisa!

Estejamos disponíveis para brindar a vida!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Bom Filho à Casa Torna

Parecia que não chegava nunca. De mãos dadas, a minha vontade era puxá-la pra frente e correr para chegarmos logo. A chuva ameaçava vir mas eu pedi, com todas as minhas forças, para que o tempo colaborace comigo e me deixasse aproveitar os poucos minutos que eu teria com ela para conhecer a minha infancia e as minhas primeiras memorias da vida. Pedi com carinho e ele me atendeu quando disse, "A chuva vai esperar a gente conhece-los!".

E foi lá onde o mar encontra um rio de aguas geladas, que um dia, no passado, surgiu um menino de dentro de uma concha carregada de alegria e esperança trazendo ao mundo o ideal de felicidade. E mostrei a ela, onde nasceu e se criou em dias tempestuosos e calmos, a minha infancia!