quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um sorriso de fé

6h30 da manha...

Todos levantam já cansados da mesma rotina de todo dia, parece chato mas é assim mesmo. Partimos em busca de uma vida melhor ou de uma oportunidade que nos de a sensação de segurança e felicidade.

E eu, como sempre, estava, mais um dia, esperando o onibus para ir ao trabalho, e vejo aquela senhora feliz, realmente muuuuuito feliz, com a felicidade estampada no rosto. Não era um sorriso de alegria, por que alegria é passageira, era um sorrido de verdade, de esperança, de quem acredita nos milagres da vida e nos milagres do pão de todo dia, era um sorriso de fé...

Até aí tudo bem...

Se ela não fosse uma simples catadora de papelão...
Seu sorriso era contagiante e teu semblante era lindo... Por trás daquela roupa suja e toda aquelas rugas eu via a felicidade, se ela fosse uma pessoa concerteza seria aquela senhora de cabelos sujos e compridos...

Concerteza não era apenas um sorriso...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Um papo de boteco

"Aquele sujeito parecia o maradona ontem..."
"Juiz sem-vergonha... Ladrão é o que ele é"
"Aquilo é uma pouca vergonha"

E foi assim...

Entrei pra almoçar e já ouvi a discussão.
"Alguém fez gol de mão foi? Ah, aquele juiz...(censurado), e aquele penalty então?!!! Que pouca vergonha"

Realmente o papo parecia muito importante para aqueles nobres senhores ali reunidos em busca de uma opinião, e, até quem chegava sem saber do assunto já ia opinando ou, simplesmente, xingando o juiz.
(Aquela senhora mãe do juiz deve ter ficado com as orelhas enormes de tanto que lembraram dela, nem quando ela tiver morta vão lembrar dela, alias, vão lembrar sim, do filho que validou aquele gol desmerecido e roubado)

Até eu, que não sei falar de futebol, arrisquei algumas palavras, mas foram breves, prefiri ficar prestando atenção no assunto que parecia não haver uma solução tão breve ou pacífica.

Aí fiquei pensando...

Se todo cidadão brasileiro se interessasse tanto pelo brasil como se importa com os jogos polêmicos, o brasil seria ou não seria diferente?!

Eu bem que queria...

Eu até queria sair aquele dia, mas a chuva, às vezes, atrapalha.
Queria andar ou correr por aí pelas ruas.
Até de madrugada... Até minhas pernas não aguentarem mais e ter que voltar por já estar cansado demais para correr. Esse é meu conceito de liberdade, confesso que não sou muito livre, na verdade, ninguém é...

Mas se não somos, então por que tentar?

Continuando com aquela noite... Na verdade, fim de tarde, não sou bom em olhar para o tempo e dizer as horas, mas eram quase sete...

Tinha acabado de chegar naquele casarão antigo, cheio de poeira, pó e poesia. Tomava café tranquilamente, mesmo não sendo um apreciador profissional, apenas, às vezes, casualmente, principalmente quando estou naquele casarão antigo, quando de repente, quase engoli a xícara ao vê-la naquele lugar depois de anos. Esperava por tudo menos por ela...

Tudo menos ela...

Depois daquela noite, cheguei em casa já era a noite... bem de noite... resolvi não sair mais!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

A primeira a gente nunca acerta...

E foi naquela noite...

luz de velas, parecia perfeito.

A conta de luz não havia sido paga, eu acho, pelo menos eu tentei acender a luz, odiava o escuro mas não falei nada é claro. E pensar que outro dia mesmo estava pensando justamente nisso, em seu corpo, e agora, eu lá estava, com ela, no escuro.

Não vi corpo, não vi nada...



Só vi o pavor esquentando quando a vela caiu na cortina - aquela velha história se repete, a da cortina,que pega fogo e o vizinho chama o bombeiro pra apagar o nosso fogo que não deu certo - e eu corri...



Estava gelado parado em meio ao fogo, estático...



dizem que a primeira a gente nunca acerta né!!!