quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cloreta Só

Vomitaram em seu corpo, durante o sono, todo aquele vinho torpe e azedo do qual eu também bebera. E eu ainda a escutaria gritando e chorando na sala de vidro, tentando, provavelmente se livrar daquele vinagre no corpo. Eu não imaginaria que ela, justamente ela, teria apagado da memória o gosto daquele tinto vinho.

O vinho, que agora não passava de vinagre azedo batido pelos estômagos de todos os que acusavam-na em seu aniversário, sofria e esvaiando-se-ia junto com o lodo de palavras amanhecidas, enquanto descia pela pia.

E assim o vinagre, que era vinho tinto, se transformou em água salgada!

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