Pulava placas, muros e portões. Não havia obstaculo que o parasse. Desde muito jovem aprendeu a arte de se esquivar do mundo. Qualquer contato que pudesse interferir em seu caminho, pulava-o, ou dava um jeito de se esquivar.
Começou a correr aos 10 anos. Na corrida sacudiu poeira da estrada e partiu rumo a lugar nenhum.
O mais difícil de se perder no próprio caminho é não saber como lidar consigo diante da aridez do mundo. Percorria milhas e milhas, mas a sensação que obtivera era de que o caminho não havia mudado. A sensação de correr, correr e não sair do lugar era plena. Absoluta.
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