quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sentidos tão distantes

Naquele dia eu fui bem claro, "Quero que me leve de volta contigo. Bem lá no fundo"
Quem sabe ele tenha me ouvido mas desistiu de me ajudar, de me levar até ele, no mar. Aquilo era o mar de verdade!

Os amigos que se juntaram pelos sentidos, formaram uma consciencia coletiva de uma mesma mobilidade uniforme. Um grupo corpo, com sentidos que soaram ambíguos, às vezes, mas que nunca machucaram os sentimentos alheios dos amigos, pois são os seus também!

O corpo caminhou no sentido do mar, na esperança de encontrar conforto e paz, no sentido literal da palavra. São corpos que cheiram a brisa do vento salgado, escutam o verde mar batendo nas pedras e veem que a própria vida se completa sozinha, sem a ajuda do homem. Pois as águas salgadas, sábias, esperam o momento certo de se agitar e se revoltar. Elas tem uma mãe e o mar agradece a lua todos os dia que ela aparace.

São corpos que giram, giram, giram, caem sentados na areia e mal conseguem se mover para pegar uma simples bola. Corpos que queimam fácil e ganham novos apelidos no mesmo instante. Corpos que procuram seu colchão, corpos que sentam na grama pra tomar o café da manhã, corpos que se sujam sozinhos, que suam, que cantam. Que mijam no mar, na moita, na rua e, às vezes, no banheiro. Corpos que bebem, que comem, que beijam. Corpos chatos, redondos, magrelos...
Corpos cultuados e perfeitos, corpos lipoaspirados, corpos malucos, pirados, corpos que emitem sons. Corpos que se encontram ao acaso, corpos que telefonam e corpos que se amam.

Todos eles, e muitos outros, em lugares tão distantes...

Nenhum comentário:

Postar um comentário