quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Narrativa Épica e Vinho à luz de Velas

Eu disse à ela que o vinho não era tão bom assim quanto o outro que tinha tomado. Eu ficava mexendo a taça com as mãos e cheirando como se entendesse alguma coisa de vinho. As coisas estavam diferentes do trivial das pessoas comuns, não fui buscá-la de carro e nem escolhi o vinho, ao contrario. Foi ela.
Foi ela também que tinha um lugar vazio na imensa cidade vazia de luzes e confusões em plena noite que era fria e ameaçava chover.

Entramos e eu queria um banho urgente. Pra mim é essencial o banho, os corpos nus, em plena condição humana de exalar verdade juntos. Lavando e eliminando as impurezas do dia, da cidade, que é, e sempre será, sujo e mal lavado!


Podemos levar o vinho e pegar uma champanhe pra acompanhar não é mesmo?
Claro, eu disse.
As estrelas não sairam naquela noite e a chuva convidava-nos para entrar e nos enquentarmos uns com os outros. Quem sabe assim... Ai acabou a energia da casa e não restava outra alternativa a não ser entra mesmo!
Precisamos de velas, ela disse, e com as luzes de celulares vagabundos, como o meu, saimos a procura e no escuros.

Confesso que o acaso me presenteou com a melhor noite da minha vida...

Eu paro aqui com os detalhes, mas se ela pudesse me ouvir agora, quero que saiba uma coisa:
Quero dividir o indivisivel e quero aMar o Ceu...

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