sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ceu, Vinho, Mar e Velas!

Eu fui buscá-lo de carro e já tinha alguns planos.
Eu escolhi o vinho, queria um demi sec, mas era seco. O vinho seco combina com situações diferentes do trivial das pessoas comuns e climatiza as ocasiões.
Ele disse que o vinho não era tão bom quanto o outro que ele já tomou. Acredito que seu paladar era adocicado.
Coloquei apenas um pouco na minha taça, senti seu aroma... Ele, com a taça cheia, começou a movimentar as suas mãos, fazendo o barulho clássico do cristal.

Pensei em completar o momento em águas azuis, percebendo apenas o reflexo do anoitecer.
Mas a noite era fria e se tornava cada vez mais intensa. As estrelas não saiam. E eu tinha um lugar vazio na imensa cidade vazia de luzes e confusões.

Ameaçava chover e um banho era convidativo.
Podemos levar o vinho, eu disse.
Neste instante as luzes da cidade se apagaram, enquanto o vinho acalentava meu corpo, a água o esfriava, em meio as luzes das velas, que ele havia acabado de encontrar com a iluminação fraca dos celulares.

Eu o observava a todo instante e meus olhos lhe diziam com uma frequencia fora do comum "Eu te amo"!
Nossos corpos nus, em plena condição humana de exalar verdade juntos.
A chuva dava a musicalidade perfeita...

Podemos pegar uma champagne para acompanhar, não é mesmo?
Claro, ele disse.

Desapercebidos, as luzes se reacenderam, mas continuavamos nos olhando e amando...seguindo nossos outros sentidos, além da visão...

O acaso me surpreendeu e me presenteou...
Foi uma linda e insuperável noite!
Mas parando com os detalhes, gostaria de dizer que quero viver o que ainda não vivemos, superar o insuperável, dividir o indivisível e aMar o Ceu, cada vez mais perto do Mar, além do CeuMar.

Ah se ele pudesse me ouvir...

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