sexta-feira, 30 de março de 2012

Laranja...

O suco estraído de uma paixão repentina partiu o peito e, agora, os cabelos ruivos esvoaçavam num peito amarelo machucado de uma cica.atriz recente...

O coração que bate eternamente nas cores frias se aventura, então, no calor de braços e olhos ou pescoços vermelhos dilaceradas pelas bocas que tem, e muito, o que falar. Mas nada de promessas, anseios ou afins. Não! Agora, o coração, que prega esperança, deseja-se compartilhar o novo, ou o velho vivido em ambiente sonhadores de outros fins. Agora! O desejo é o que embala o ritmo da música tocada as pressas para ninguem ver ou saber, sem saber que o obvio das coisas explica mais que muita coisa junta!

O bagaço de uma fruta verde madurou e colhe os frutos da idade, que não passou, e se delicia no gosto doce do novo.

A criança que muitas vezes roubava as frutas do vizinho, por ter um sabor de proibido, agora era obrigada a ser invadida pelo gosto delicioso de uma fruta ainda nova e desconhecida em plena estiagem de inverno rigoroso que congelava-o. O menino, acostumado com raridades, e sempre fechado ao novo, e assustador, linear modo de vida das cores frias tinha se corrompido ao calor de abraços confortáveis e amistosos, que acabaram por ser muito convenientes em dias de chuva como aquele.

Hoje ele guarda a chuva com carinho, pois sabe que dela fertilizou a semente que sempre procurava... A paixão!

Laranja na mesa...

Bendita arvore que me pariu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário